lunes, 6 de junio de 2011

Rilke va al dentista de Lêdo Ivo



Rilke va al dentista.
Ninguno de sus ángeles le acompaña.
O todos sus ángeles le acompañan.
Es otoño en Berlín. Las hojas de los tilos
caen como pájaros silenciosos.
El hombre no está hecho para dolores pequeños.
Protegido del frío por un espeso sobretodo
(regalo de la princesa Maria von Thurn und Taxis)
Rilke se dirige al consultorio del doctor Bödecker.
Las calles iguales a los mares sucesivos
le conducen a la vida, y no a la Muerte.

RILKE VAI AO DENTISTA

Rilke vai ao dentista.
Nenhum dos seus anjos o acompanha.
Ou todos os seus anjos o acompanham.
É outono em Berlim. As folhas das tílias
caem como os pássaros silenciosos.
O homem nao foi feito para as pequenas dores.
Protegido do frio por um espesso sobretudo
(presente da princesa Maria von Thurn und Taxis)
Rilke se encaminha para o consultório do dr. Bödecker.
As ruas iguais aos mares sucessivos
o conduzem à vida, e nao à Morte.


poema de Lêdo Ivo extraído de su poemario RUMOR NOCTURNO editado en VASO ROTO POESÍA.

No hay comentarios: